Pesquisa da Sindimóveis-PB aponta queda nos preços de imóveis de aluguel em JP

Pesquisa da Sindimóveis-PB aponta queda nos preços de imóveis de aluguel em JP










Quem procura imóvel usado para alugar deve aproveitar o atual momento em que os preços apresentam queda. Levantamento feito pela plataforma digital Viva Real, em 30 cidades de diferentes regiões do país, mostra que o preço nominal médio do metro quadrado (m²) para aluguel em João Pessoa atingiu R$ 19,83 nos três primeiros meses de 2017. Para o presidente do Sindicado dos Corretores de Imóveis da Paraíba (Sindimóveis-PB), Ubirajara Marques, explica que essa queda no percentual dos aluguéis em João Pessoa é atribuída através da baixa da Selic.

Menor valor comparado ao mesmo período nos anos de 2016 e 2015, que registrou R$ 23,39 e R$ 24,13 respectivamente. Segundo o DMI-VivaReal (Dados do Mercado Imobiliário), o aluguel ficou 15,20% mais barato em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto que comparado ao último trimestre de 2016 (R$ 20,00), a capital está no topo das 10 cidades brasileiras que apresentaram maior desvalorização da média do preço nominal de aluguel. Niterói (RJ), Porto Alegre (RS) e Londrina (PR) vêm em seguida com 11%, 10,30% e 9,40%.

No Brasil, o preço nominal médio do metro quadrado para aluguel atingiu o valor de R$ 23,08 no primeiro trimestre de 2017, tendo desvalorização nominal de 7,7% (R$ 25,00) em comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao último trimestre de 2016 (R$ 23,40), a desvalorização foi de 1,4%. A média dos três primeiros meses do ano é também o menor valor desde os três primeiros meses de 2014 (R$ 26,00). O DMIVivaReal considerou mais de 2 milhões de imóveis usados disponíveis para compra ou aluguel.

O presidente do Sindicado dos Corretores de Imóveis da Paraíba (Sindimóveis-PB), Ubirajara Marques, explica que “essa queda no percentual dos aluguéis em João Pessoa é atribuída através da baixa da Selic, a taxa que baliza todas as outras taxas de juros, referente ao setor imobiliário e taxas de juros bancárias”. Segundo o presidente, há uma queda nas taxas, mas ainda está positivo.

Mesmo com a baixa no valor do aluguel é comum andar pela cidade e observar diversos imóveis com placas de alugar. Ubirajara conta que isso vem acontecendo devido à oferta hoje ser muito maior que a procura, há bastantes imóveis para escolher. “Em alguns casos, os imóveis estão vazios há mais de um ano, um reflexo da relutância dos proprietários em cobrar menos dos novos inquilinos, pois não entendem que, agora, os tempos são outros e que o mesmo espaço vale menos, principalmente o comercial”, justifica.

Para o Ubirajara, a crise econômica e o desemprego são alguns dos motivos para a diversidade na oferta. “Há muitas pessoas que ficaram desempregadas e com isso estão voltando a morar na casa dos pais, ou no ‘famoso puxadinho’ no quintal. Outras estão saindo para casas mais baratas”, revela.

Uma estratégia para atrair ou manter os inquilinos, principalmente em casos de apartamentos, é incluir o condomínio no valor do aluguel. “Para não deixar o apartamento fechado gerando taxa de condomínio em desuso, os proprietários preferem alugar por um valor acessível em que inclui o condomínio, pois assim o locatório se sente mais seguro. Caso ocorra uma despesa extra no condomínio, fica para o proprietário arcar com ela”, conta Ubirajara.

Os bairros mais procurados são Bancários, Cidade Universitária, Água Fria, Geisel, José Américo e Castelo Branco, devido à proximidade com a Universidade Federal e faculdades particulares. No norte da cidade os bairros Pedro Gondim, Jardim Luna, Bessa e João Agripino também têm grande procura. Os bairros com aluguéis e vendas mais caras são os próximos da orla marítima, como Tambaú, Cabo Branco, Altiplano e Manaíra, além de Tambauzinho.



Fonte: pbagora